O Sorriso Rubro

Diário de bordo de Jowfish Kraken.
Terça-feira, 12 de junho de 2012.
Ai, ai, Capi... que sorriso é esse? Dia dos namorados?
Ah, puf!!!
Então o quê?
Ora, veja só. Lá estava eu... sentado... bizoiando as estrela... quando BUM!!! Chega um papagaio pra eu.
Papagaio faz “bum”, é?
[ignora] Daí chegou aqui uma mensagem falando assim:
“Oi, Capi!
“O blog fala sobre escritores, leitores, histórias e mais um monte de coisas legais, né?”
É.
Óbvio.
“Então... Eu quero saber se posso ter um conto meu publicado em uma postagem aqui para ele ter mais acesso a novos leitores... Posso?”
“Se eu puder, MUITO obrigada pelo espaço no blog!!!
Lívia F.”
Se puder?! SE puder?!?!?!?!
Até P-A-R-E-C-E que não pode!
Taí o conto!!!


Mulher LINDA, loira, de olhos azuis, com uma
sombra preta bem forte ao redor dos olhos e
sorrindo. As mãos do lado da cabeça estão cheias de
sangue, assim como sua boca, dente, queixo, testa,
cabelo, pescoço, dignidade... isso, juntando com a
expressão do rosto, dá uma perfeita cara do
TINHOSO FÊMEA!!! SAI PRA LÁ, BICHO RUIM!!!
Eu estava sentada na frente do computador, como toda sexta à noite. Meus pais estavam viajando a negócio e ficariam o fim de semana inteiro fora. Finalmente a casa só para mim!
Olhei no meu celular que estava na mesa do computador. Já passava da meia noite, a casa estava no silêncio total. O telefone tocou. Pulei com o susto. Corri até a sala e o atendi. Silêncio. Desliguei e voltei para o meu quarto.
Cinco minutos depois, o telefone tocou novamente. Corri até a sala e o atendi. Silêncio. Quando eu estava para desligar, escutei uma respiração forte. Meu corpo inteiro arrepiou. Desliguei.
Alguma das minhas amigas deve estar fazendo isso, só pode. Elas sabiam que eu ia ficar sozinha em casa e estão tentando me assustar, mas não vão conseguir.
Voltei para o computador, e trouxe o telefone sem fio comigo.
Cinco minutos depois, o telefone tocou novamente. Irritada, atendi:
- Olha aqui, fala logo o que você quer!
- Filha? Está tudo bem?
- Ah! Oi, pai! Me desculpa, é que tem alguém ligando aqui pra casa, mas não fala nada.
- Tô ligando pra ver se tá tudo bem com você.
- Tá tudo ótimo!
-Está bem então. Juízo, menina. Domingo nós estamos em casa.
- Tchau, pai!
- Tchau, filha. – Desliguei.
Fui até a cozinha pegar algo para comer. Pelo canto do olho vi algo se movendo na janela da sala. Congelei. Movi lentamente a cabeça em direção à janela, mas não vi nada. Olhei em volta procurando algo para usar como arma, mas a gaveta de facas estava distante.
Outra mulher MA-RA-VI-LHOSA, de cabelos pretos,
olhos azuis, sobrancelhas finas, lábios vermelhos e
tal... Tudo perfeito... se essa não fosse a descrição
do rosto que está sendo TIRADO da cara dessa
COISA RUIM DAS PROFUNDEZAS DAS TREVAS
como se fosse uma máscara de festas. Por baixo dela
[onde deveria estar o rosto], temos um olho TODO
branco, com a boca carinhosamente cortada até o
meio da bochecha, com uns pontos BEM amigáveis
e a pele toda amassada e cheia de riscos, como se
tivesse sido queimada... SARAVÁ, BICHO
GRILO!!!
A sala era grande, e as paredes possuíam grandes janelas de vidro. À noite, a casa se transformava em um aquário, e os moradores, em peixinhos indefesos.
Achei que estava vendo coisas demais. Andei até o armário e peguei uma bolacha. Estava quase no corredor que levava aos quartos, quando parei. Os pelos da minha nuca estavam eriçados. Algo estava errado. Muito errado. Virei o corpo para a sala, mas os vidros estavam embaçados, e a única coisa que eu conseguia ver, era o meu reflexo. Pensei em chegar perto para ver lá fora, mas faltou coragem.
Voltei para o meu quarto, comecei a comer a bolacha e descontraí. Aproximadamente vinte minutos depois, o telefone tocou. Levei outro susto. Quando coloquei o dedo no botão de atender, ouvi barulhos no quintal. O que está acontecendo?
Atendi ao telefone, receosa.
- Alô?
Uma respiração forte.
- Quem é você? Vou ligar para a polícia se não parar de me ligar!
- Tente me impedir. – Uma voz grave e rouca. A ligação caiu.
Tentei ligar para a polícia, mas o telefone ficou mudo. Procurei meu celular pelo quarto, mas não o achei. Onde eu coloquei aquela tranqueira? Eu trouxe para o quarto quando vim pra cá!
Tentei lembrar onde o coloquei pela última vez, quando escutei o seu toque vindo da cozinha. Fui até lá devagar, tentando não fazer muito barulho. Ele estava em cima da mesa, tocando. Mas a música era do alarme. Por que o alarme tá tocando? Eu não coloquei pra despertar.
Peguei o celular. O nome do alarme era “Hora do Susto”. Como assim? Minhas pernas bambearam, e eu me apoiei na mesa. Olhei em volta, esperando um ataque, mas nada aconteceu. Desliguei o alarme e o silêncio reinou novamente.
O que está acontecendo? Tem alguém em casa!
Liguei para a polícia do celular, peguei uma faca da gaveta e andei cautelosamente até o meu quarto. Olhei embaixo da cama, e tranquei a porta. A ligação não completava nunca, olhei para o meu celular. Estava desligado. A bateria tinha acabado. Agora não! DROGA!
ESSAKÍ é campeã!!! Bem aqui na frente, em primeiro
plano, temos uma garotinha de uns 6 ou 8 anos,
talvez. Fofa que dá até vontade de apertar. Cabelos
claros e lisos, de olhos escuros sorrindo pra câmera
e mandando um olhar tipo: "Oi, tudo bem? Algum
problema?". De fato, não teria problema nenhum, se
não tivesse, lá atrás, uma casa PEGANDO FOGO e
uns bombeiros lá pra apagar as chamas.
O QUE DIABOS TÁ ACONTECENDO COM ESSA
JUVENTUDE?!?!?! No meu tempo num era assim não...
Larguei-o do lado do computador, apaguei as luzes e encostei na parede, atrás da porta. E esperei. Suor escorria da minha testa. Minhas mãos seguravam a faca sem firmeza. Minhas pernas tremiam. Eu vou morrer. Não! Eu não posso morrer, não desse jeito. Segurei um soluço, e minha garganta doeu por causa do choro contido.
Alguns minutos se passaram, até que vi através da penumbra, a maçaneta girar. Minha vontade era de gritar o mais alto possível, mas eu não podia. Isso era entregar a minha localização para aquele psicopata!
- Saia da toca, ratinha.
Apertei o cabo da faca mais forte. Olhei ao redor, e simplesmente tive a ideia salvadora.
Caminhei lentamente até meu armário, movi as coisas de dentro dele para baixo da cama. Coloquei uma caixa de plástico estrategicamente na frente da janela. A porta fez um barulho alto, e eu gritei com o susto e a tensão.
- Aí está a minha garota.
Desgraçado!
A porta fez barulho novamente. Ele deveria estar tentando arrombá-la, e provavelmente não demoraria muito. Abri a janela, e a deixei escancarada. O ar gélido da madrugada invadiu o quarto e me congelou até os ossos. Entrei dentro do armário, e fiquei o mais silenciosa possível.
Passaram-se alguns minutos, mas foram os minutos mais longos da minha vida. De tempos em tempos a porta fazia barulho, até que eu a escutei abrir com um estrondo gigante. Ouvi os passos ecoando, cada vez mais perto. Meu coração batia tão alto que eu achei que o psicopata poderia ouvir.
Tudo silencioso. Passos novamente. Uma caixa plástica sendo chutada. Era o momento que eu esperava. Pulei para fora do armário e--

He, he... ok... a coisa tá ficando meio tensa, então é melhor eu parar aqui.
DE JEITO NENHUM, CAPI!!! BOTA O FINAL DISSO AÍ!!!
Eu não.
Se quiser, clica >>>AQUI<<< e termina de ler, porque EU tô afim de dormir de noite.
Xau pra vocês.
Eu, hein... FUI!!!

Lívia F. disse...

Muuuuuuiiito obrigada pela oportunidade, Capi!

Fiquei muito feliz! :)

Gabriel Araújo disse...

Muito legal

tudo sobre o 5ano do nandi disse...

uau eu adorei essa historia ela é demais eu adoro suspense terror menina assustada psicopatas