Corte e Costura

Aquela das mitologias que se encontram
















Segunda-feira, 13 de setembro de 2010.


Essa fabulosa trilogia em quadrinhos infanto-juvenil conta a história de Morte Jr. e seus amigos Pandora, Stigmartha, Smith e Weston e Seep, que abrem uma caixa, liberando uma espécie de demônio que havia sido preso por não cumprir sua responsabilidade.
Gary Whitta, magistralmente, equipou a imaginação de todos os que conhecem mitologia e alguns filmes que chamaram a atenção do público há um tempo... E até hoje.
Ted Naifeh fez, também uma excelente arte de ilustração. Conseguimos distinguir personagens parecendo mortos, outros bem vivos, e outros doentes, tudo planejado de acordo com o tempo de cada personagem.
A união de uma saborosa criatividade e a fluidez da escrita, presenteou-nos com uma bela composição de personagens, história e humor: Morte Junior.
Em seu núcleo de personagens, temos:
Morte Jr. “M.J” (não, não é Michael Jackson) – o nome já diz por si só.
Pandora – carrega um colar com uma chave dourada. É curiosa e, ao ver algo trancado ou fechado, não consegue deixá-lo sem o abrir (já vi isso em algum lugar).
[Stigmata] Stigmartha – Stigmartha sangra pelas mãos quando fica nervosa... E está sempre nervosa. Principalmente com pingüins... Para manter-se calma, repete a frase “mar azul calminho”.
[Winston Smith] Smith e Weston – Os gêmeos ligados pela cabeça. Possuem um grande cérebro onde um (Smith) é o criativo e possui, como ele diz, “a esperteza das ruas” e o outro (Weston) é o racional, fala difícil e possui “a esperteza dos livros”.
Seep – Este é desmembrado, sem lábios e possui uma boca suja. Usa somente ma fralda (que Pandora usa o alfinete para abrir cadeados ou trancas) e uma rolha onde seria o umbigo. Ele nos faz lembrar um personagem de um desenho americano.
Moloch – Sua atribuição ao fogo remete-nos à crença judaico-cristã, aonde o mal vem do inferno etc etc. Moloch é, na bíblia, uma divindade para a qual se sacrificavam crianças. Daí, talvez, explique algumas coisas do quadrinho...
Gary Whitta consegue fundir mitologia, filmes, livros, desenhos e crenças numa fábula moderna que agrada a todas as idades, fascinando à crianças e encantando os adultos.
Ted Naifeh foi de igual competência como ilustrador. A parceria foi simplesmente mortal. Afinal, não há uma boa história sem boas imagens.
Este é uma ótima escolha para se trabalhar mitologia com crianças...

Mey disse...

Parece uma história bem atraente. Os marujos vão gostar.