O Vento Norte

Diário de bordo de Jowfish Kraken.
Segunda-feira, 7 de abril de 2014.
Já que estamos numa temporada de postagens sobre pirata... nada melhor que falarmos de um LIVRO de piratas!!!.................................
........................Né? Ou não?!
Acho que sim, uai.
Então vambora.
Qual vai ser a víti...o livro de hoje?
Um livro brasileiro que saiu faz pouco tempo... de um cara chamado Cláudio Villa.
Esse nome não me é estranho...
A gente já fez um postcast dele, já.
Ah, é. Verdade. Tá, então. Como é esse livro?
Bom... antes de falar da história e tudo o mais, eu tenho que dizer uma coisa.
Então fala, ué.

Esse livro foi um tanto quanto confuso pra mim, até certa parte dele.
Vixe, Capi! Por quê?!
Porque antes de ler O Vento Norte, eu já tinha lido um outro livro dele, que chama Pelo Sangue e Pela Fé (PSPF)....
E...?
E O Vento Norte passa numa época anterior ao PSPF... e também tem alguns personagens, tipo Guinford, Melleen, Colleen, Laura... e eu ficava pensando quando as histórias iam se cruzar, ou como que essa história leva pra outra e tal...
E...?
E uma não tem nada a ver com a outra.
Não?!
Nadinha. São duas histórias completamente diferentes. Então, se você for ler O Vento Norte e já tiver lido PSPF, NÃO tente ligar as histórias!!!
Certo?!
Certo!
Ok, então bola pra frente!
A história é meio que assim: A protagonista é a Colleen Northwind, filha mais nova do Governador Guinford Northwind, e irmã de Melleen Northwind. Essa família é uma família nobre que vive em Aldarian, uma ilha que tem uma das maiores forças navais de Mirr.
Mirr?
Mirr é o nome do mundo.
Ah, tá.
Bom... Melleen é uma menina delicada e com espírito de nobreza, então ela é bem princesa, mas Collen, não. Essa daí tem alma de bárbaro e sempre foi louca pelo mar, e as aventuras de um pirata e blablabla coisa e tal...
Até que um dia, depois de brigar muito com o pai... Muito! Mas muito MESMO. Um montão!!! Não, você não tá entendendo o quanto!!!... Guinford decide colocar a filha num navio pirata de um cara conhecido e de confiança: Jack Fletcher. E ela vai embora.
Enquanto ela tá no mar, Aldarian é vítima de um golpe, e os Northwind conseguem escapar, mas o Regente de Aldarian, Joseph Hattcliff não tem tanta sorte e some.
Daí, Colleen consegue virar uma capitã... e fica conhecida como Capitã Rosa Escarlate....uma flor de pessoa...e começa a ir atrás do paradeiro do Regente, e trazer paz de voltar à Aldarian.
Ufa!
Nossa, falou bastante, Capi... quase dormi.
Não teve jeito, desculpa. Foi mais forte que eu, falar tudo isso, hihi.
Tem problema não, Capi...agora, como é o livro? É bom, é ruim? Vale a pena?
Hum... eu tava pensando nisso... e decidi uma coisa!
O quê?!
Eu vou começar agora um sistema de classificação, aqui no OPL pra todas as postagens de resenha que eu fizer.
E a Capitã Lívia, Capi?!
Ela pode usar também se quiser, oras bolas. Vou ver com ela.
Ok, e como é que vai ser isso? Tipo com estrelas?
Sim, mas não vão ser usadas estrelas. Seguinte: vão ser 4 critérios, valendo de 1 a 5.
vale pra ideia. Quanto mais caveiras, mais original, bem bolada, inovadora e/ou transgressora foi a ideia;
é pra expansão. Quanto maior, mais chance ele tem de puxar nego de todas as idades pra ler o livro.
Uuuu, essa é boa. Daí, quanto mais “X”, mais o livro vai tá bem escrito, né Capi?
De jeito nenhum.
Eu não tô falando se o livro é bem escrito ou não. Isso daí é estilo de cada um.
O que eu tô falando aqui é que o livro teria mais facilidade de se espalhar tanto entre jovens quanto adultos, independente de rico, pobre, se estuda no centro, na periferia, ou no quinto dos infernos. Sacas?
Ah, acho que entendi. Ok, que mais?
simboliza  os personagens. Quanto mais timões, melhor foi a construção dos personagens.
E o último é...?
que representa o final. Quanto mais bússolas, melhor e inesperado foi o final.
Tá, e qual foi a classificação d’O Vento Norte?

O Vento Norte leva:

Em se tratando de literatura MUNDIAL, não temos muitos casos onde a personagem principal é uma MULHER. Ainda mais uma mulher super hiper mega master blaster plus advanced badass. E o Villa ainda mexeu com o mito mais polêmico dos piratas: a mulher pirata!
A gente vai falar dela nessa série, ainda, fica tranquilo.

Seria mais fácil O Vento Norte se espalhar entre os meninos que entre as meninas, pelo único e simples motivo de que ele não tem romance amoroso de amantes. É só o bom e velho quebra pau. Ação quase o tempo todo.
Eu ia dar 3 X e meio, só que como tem muita mulher com alma de homem por aí (é só ver a Capitã Lívia, por exemplo...), ele deve se espalhar com certa facilidade entre o público feminino, também.
O que foi bem bacana, na minha opinião, porque sempre que tem ação, tem romance. Parece que um não vive sem o outro.
Só que aqui, o único tipo de romance que tem é o amor de irmãs, e o amor entre amigos. AMIGOS!!! NÃO SÃO AMANTES!!!
Já conversamos sobre isso, não vou voltar nesse assunto!!!

Quase... mas MUITO quase, O Vento Norte recebeu 5 timões. Os personagens primários e alguns dos secundários foram muito bem construídos.
Nas primeiras... deixa eu ver aqui... 18 páginas de história, eu já tinha minha personagem preferida e a odiada.
Sério, Capi?! Quem era a odiada?
A Colleen.
Mas ué!!! Ela não é a protagonista, capi?
É.
Então como você não gostou dela?!
Porque ela é uma mimada rebelde sem causa do caramba!!! Nossa, mano, você não tá entendendo o QUANTO eu me segurei pra não virar uma bulacha na orelha dessa guria!
Ia ser uma só!
Na hora que o Guinford deu um sopapo nela, eu praticamente dei um beijo na testa dele.
Então quem foi sua preferida, Capi?!
A Laura Redwood. Ela é a ladra mais ladroenta de Mirr.
Hum... então por que não recebeu 5 timões?
Porque tirando os Northwind, Laura e Kitty, que é irmã dela, Jack, Joseph e Joshua Ledward, um cara que deu uma treta muito louca na história... tirando esses daí, todos os outros personagens são iguais. Falam igual, agem igual e assim vai.
Inclusive, todo mundo. TODO MUNDO, sem exceção, tem o mesmo vício de linguagem: meu caro. Em TODA conversa, você vai encontrar “meu caro” pelo menos duas vezes.
Só isso. Só essas duas coisas não me deixaram dar 5 timões.
Aff, que ridículo, Capi.

O final foi absolutamente inesperado.
Por que, Capi?!
Porque não tem fim.
Ah, Capi. Mas é porque ele é uma trilogia...
Nops. É um livro só... que não tem fim.
Só por isso ele recebeu 5 bússolas?
Bom................ sim...
Mas tem um motivo!!!
Hum... explica.
O Cláudio tem uma atração por História... tanto que nos dois livros dele, as histórias são bem carregadas de homenagens históricas.
Nesse O Vento Norte, por exemplo, tem homenagem à Capitães famosos... e pra quem conhece um pouco mais da história do piratas, dá pra pegar umas cenas históricas, também...
E o que isso tem a ver com...
Calma que eu já vou chegar lá!
Humpft!
Nesse negócio de usar a História pra história dele, faz todo o sentido não dar um final pro livro, porque a História se faz o tempo todo...não tem um fim...
Huuuuuuuuuuuummmm... entendi... eu acho...
Mas então. Só que esse final-não-final me deixou mais bravo que feliz.
Imagino!
Mas não é porque não tem um final.
......
É porque ele foi um baita de um pilantra!
A aventura tem um fim, mas a história não. Então a coisa termina na metade.
Se terminasse do nada, com a história no ar, beleza... sem maiores curiosidades... mas o cara termina com uma maldita frase diabólica que só serve pra gente xingar o cara por ter feito isso com a gente.
Esse cara não tem coração...
Sei lá, Capi... achei meio estranha algumas coisas que você falou aí... Deixa eu ver como é que funciona essa coisa de não ter final...
Dá aqui esse livro, vai...