Tá, tá! Eu falo!!!

Diário de bordo de Jowfish Kraken.
Sexta-feira, 30 de março de 2012.
Olôco!!! Mais de um mês depois, Capi?!?!?!?!
Ôôôxe! Nem vem, Marujo. Nem vem se não o Kraken canta solto.
Humpft... Típico... Mas vai, fala aí.
Falo!.......................................................... o que mesmo, hein?!
Ai, Capi! A gente já sabe como atrair os calango tudo lá pra Biblioteca. Mas a gente ainda não sabe como dá pra fazer eles lerem aquilo tudo lá.
Mas ninguém lê aquilo tudo lá...
Tá, mas como a gente faz pra incentivar eles a começar, pelo menos?
AAAAAAA sim... aí é BEEEM mais fácil.

Você faz parecer tudo ser tão mais fácil, Capi.
Mas isso é muito fácil, de verdade verdadeiramente realista.
Jura?! Então como faz?
Bom... nada nesse mundo é feito sozinho, como você vai concordar comigo, parceiro. Nadica de nada.
Certo. A gente sempre precisa de alguém pra nos ajudar.
E isso não tinha como ser diferente, também.
Então...?
Então a gente vai formar grupos nas Bibliotecas.
Ai, Capi! Formar grupos nunca dá certo. Sempre fica alguém de fora do grupo e...
Não, não... mas não é grupo dos alunos, não.
Não?
Nops.
Então do quê?
Lembra que eu disse que a gente precisa fazer com que o livro vá até eles?
Ã. Que é que tem?
O que tem é que vamos fazer com que os personagens saiam dos livros.
Os perso... ai, Capi! Você já tá ficando lelé da cachola, é?!
Uai... por quê?
Como a gente vai tirar um personagem do livro?
Essa é a coisa mais fácil do mundo. Mais fácil que trocar mangueira de radiador. Mais fácil de costurar fiação de cobre. Mais fácil que palitar o dente com um canino de basilisco. Mais fácil que...
Tá, tá... então como faz?
Pra fazer isso, a gente vai precisar de dois grupos: o grupo dos contadores e o grupo dos personagens.
Vamos pegar um livro como exemplo: O Agente Ésse Creto na Selva.
Tudo bem.
Pegaríamos alguém para ser Cecil...
Que é o herói da história...
Isso. Essa pessoa vai ficar andando pela biblioteca vestido, agindo e falando como o personagem.
Entendi... ele vai sair chamando o pessoal pra ouvir a história dele, né?
Isso... é por aí.
Certo.
Daí, quando ele pegar a atenção de um certo número de gente, ele leva aquele pessoal até os contadores.
Daí ele vai embora buscar mais gente?
NÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
A, vai assustar sua vó, Capi!
É importante que ele fique ali também junto com todo mundo.
E é MAIS importante ainda que ele COMENTE a história.
Comentar?
É.
Por quê?
Uai, não é a história dele?
É.
Então ele não vai conseguir ouvir a própria história sem ter que comentar alguma coisa.
Que tipo de coisa?
Sei lá... alguma coisa tipo “essa parte foi engraçada, porque blablabla”, ou “humpft! Pessoa asquerosa...” quando fala o nome de alguém que é do mal...
Uuuummmm... entendi...
Daí vou explicar o que vai acontecer:
Lembra da ambientalização da biblioteca?
Lembro.
Pois então. Agora imagina o seguinte: Peguemos o livro Frankenstein.
O personagem seria o monstro?
Provavelmente. Agora imagine você sendo levado pelo monstro... por corredores meio escuros... com sons ambientes de uivos, chuva, trovões... e de repente alguém começa a fazer a leitura do livro.
Olôco, Capi! Assim você vai matar alguém do coração.
Mas a intenção é essa mesmo. Quem estiver li ouvindo vai começar a ver o corredor ganhar vida... quando verem outras sombras andando pelos corredores [o Drácula, por exemplo, ou até a do próprio Frankenstein, que fica andando pelo grupo e ao redor dele]... os sons do ambiente vão começar a fazer parte da história... e quando dormirem, vão começar a sonhar com aquela experiência “estranha” que tiveram.
E daí vão querer voltar.
E quando voltarem, talvez não encontrem mais o Frankenstein, mas o Cecil, ou o Drácula, ou o anjo Thal, ou o renegado Ablon...
Mas aí eles vão ficar curiosos com o Frankenstein!!!
Mas é EXATAMENTE ISSO que deve acontecer!!!
Se eles ficarem curiosos, vão atrás do final...
E vão chegar até o livro!!!!!!!!!! Agora eu entendi, Capi!!!!
Que bom.
Mas... isso também não pode fazer com que eles deixem de buscar o Frankenstein pra ouvir outro?
Se fizer, excelente!!!
................ Não entendi.
Quanto mais uma pessoa ouvir, mais obras vão chamar a atenção dele até que vai chegar AQUELA obra. Essa história é a que vai fazer a identificação do garoto com a história.
E é ela que vai fazer o jovem pegar e ler o livro.
Quando ele terminar esse, ele vai começar a ouvir falar de novo dos outros. Alguns, como o Drácula, por exemplo, vai ouvir VÁRIAS vezes.
E ele vai sempre lembrar da coisa que ele viu na biblioteca naquele dia...
E vai pensar: “se eu gostei da ‘chamada’ desse livro e gostei de ler, será que aquele que eu também gostei de ver é legal?”
E aí ele vai procurar o livro pra ler na biblioteca!!!!!!!!
Isso.
Ai, Capi!!!!!!! Gostei demais!!!
Só temos de tomar cuidado com a contação da história.
E como a gente faz isso?
Isso já é um outro tema... pra uma outra conversa...
@#$%&*#@#$$%$@#@#**#@@#$!!!!!!!!!

Anônimo disse...

UOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOU! Agente Esse Creto!!! Marcou minha infância!
Assinado: Tod le Mort

Unknown disse...

Não só a sua, tenha certeza, Marujo! P^)

Lívia F. disse...

"Mais fácil que palitar o dente com um canino de basilisco."
Eu ri demais quando li isso!
Mas... eu tenho certeza que se existisse algo parecido com a postagem na minha escola [que nem biblioteca tinha, mas beleza], eu jamais sairia dali. É uma ideia maravilhosa, Capi!