Coordenadas

A Inseminação de ideias

Diário de bordo de Jowfish.
Segunda-feira, 6 de dezembro de 2010.

      A coisa mais perigosa do mundo é a ideia... E tem gente que levou isso bem a fundo...
      Viajando distraidamente por aí, como quem não quer nada, nos vimos em Filmacon novamente... E encontramos uma coisa um tanto... Interessante... Um pouco confusa, mas interessante...
      Era, no começo, uma ilhazinha de nada... Mas, de repente, a ilha ganhou vida!!!!!!!!!!!
      Da areia, saíram prédios, casas, cafeterias, bancos, empresas, pessoas, animais...
      Surgiram coisas que se desfaziam, e faziam novamente, pra se desmanchar logo em seguida...
      Arre, égua... Era uma ilha toda medonha.
      Mas depois do susto, começamos a observar as pessoas, e descobrimos que três, ali, não andavam iguais aos outros. Observavam a tudo e todos...
      E fomos falar com os cidadãos.
      Eles eram Dom Cobb (para alguns, “Sr. Charles”), Arthur e Ariadne.
      Arthur andava sempre com uma mala cinza, Ariadne se chamava de “Arquiteta” e Cobb era a mente pensante do grupo.
      Dom vivia dizendo que os sonhos podiam ser compartilhados, desde que fosse criada uma ligação entre duas ou mais pessoas. Assim, se uma  delas tivesse domínio de sua parte criativa do cérebro, poderia até criar um mundo novo nos sonhos de uma pessoa... Essa pessoa era chamada de “Arquiteto”.
      “Epa, lelê... Péra lá, meu quirido”, falei logo de cara. “Mas se isso é só feito em sonho, como essa garota do mal tá mexendo na ilha?”
      “Oras bolas, meu amiguinho” [amiguinho é o currupaco da tia Gerônima, moleque malcriado! Olha o jeito que tu fala comigo, hein?! Cada uma, viu?!...] “Não é incrível como o sonho parece uma coisa tão real que só percebemos que é um sonho, quando a gente acorda?”
      É mesmo, né?!
      “E não é engraçado como a gente nunca se lembra do começo de um sonho?”
      É verdade... E não é que tu tem razão, cumpadi? Tu devia dá aula disso...
      “Agora me diz uma coisa... Como você veio parar aqui?”
      Tsc. Essa é fácil! Eu vim... Eu tava... Pelas barbas do nariz do Kraken! Eu tô sonhando?! Como tu entrou aqui, rapaz?!
      [O papo foi longe, então vou encurtar as coisas, ok?]
      Cobb acreditava que era possível implantar uma ideia na mente de alguém. E, para isso, era preciso chegar bem fundo na mente dessa pessoa.
      E, para que o alvo não percebesse que estava em um sonho, era preciso fazer um labirinto, para que o alvo acabasse se perdendo...
      E a cada nível que desciam na mente de alguém, um labirinto mais difícil tinha que ser feito...
      E foi sabendo disso, que o grupo disse que tinham sido contratados, por um tiozinho chamado Sr. Saito, para que implantassem uma ideia na cabeça do filho de um concorrente dele, que logo herdaria a empresa.
      Engraçado que eu me lembro de uma história com uma Ariadne, um labirinto e um herói...
      Mas esse, é um assunto pra outro sonho.

Juliana Lacerda disse...

Parecia acaso ou ironia, mas estamos em sintonia, querido! é por isso que aprecio tanto seus textos. agora tenho mais um motivo para assistir a esse filme.

Unknown disse...

É, minha querida Maruja... Devemos estar em sintonia com o MUNDO... Por isso instalei essa antena captora de pensamentos... Todo cuidado é pouco, quando estamos navegando...

Lívia F. disse...

Eu gostei muito desse filme...
Imagine poder entrar na mente de uma pessoa e implantar uma idéia? Só entrar no sonho da pessoa já seria uau! Imagina plantar uma idéia e esperar ela crescer!
Adorei o filme! E a sua postagem também "jovem capitão" aushaushauhsuashua
\o/